sábado, 19 de novembro de 2011

CONHEÇA NOSSA SINOPSE POÉTICA PARA OS COMPOSITORES

(direcionada especialmente aos compositores)
Considerações: O objetivo dessa versão do enredo é mostrar um aspecto mais lírico do enredo, agregando plasticidade poética à pesquisa histórica. Esse formato é apenas um apontamento de possibilidades de construção a partir do tema apresentado. Mas a liberdade criativa de cada artista deve prevalecer na hora de construir sua obra. Sintam-se a vontade para criar! Esse trabalho é apenas uma referência, um ponto de partida para o raciocínio construtivo. O texto base (o enredo histórico) é a melhor fonte de pesquisa para o desenvolvimento dos sambas.
Um ponto importante do enredo é que ele não se limita a uma exposição linear da história da Escola de Belas Artes. A proposta é mostrar como a escola de base francesa foi se moldando a realidade brasileira, agregando valores da cultura nacional e vindo a desencadear um grande processo de transformações do carnaval como um todo, unindo o mundo acadêmico ao mundo do carnaval, através de seus nomes mais importantes.
Qualquer dúvida sobre o enredo pode ser tirada diretamente com o presidente e com o carnavalesco a qualquer momento através dos e-mails waltergcoelho@hotmail.comjorgeluizts@gmail.com respectivamente. Teremos enorme prazer em trocar idéias sobre o samba.
Desejamos boa sorte a todos os compositores e bom trabalho!

“A Mocidade segue os passos da Missão,
Abrindo as portas na história,
Voltando ao Brasil de D. João,
Buscando a arte civilizatória.

Pelas mãos do Monarca português,
A primeira escola de arte assim se fez,
Em terras brasileiras, de tradição colonial e barroca,
Atendendo os anseios da coroa.

Com a sublime tarefa de expandir a arte clássica,
O Rio de Janeiro se torna o centro da cultura erudita,
Da estética oficial e normativa,
Regida pelos manuais institucionais da academia.
Surge a imagem de um Brasil europeu, em cores de todos os tons,
Chefiados por Joaquim de Lebreton.
Os mestres vindos do estrangeiro,
Plantam as bases de uma grande escola,
Ícone da cultura do cenário brasileiro,
Atravessa os tempos, e muda nossa história.

Com a leveza da aquarela,
Sob a luz tropical do dia
Debret registra em papel e tela,
O novo mundo mestiço que surgia.


De geração em geração,
Seguindo o rigor da academia,
Ilustrando essa jovem nação,
Uma nova elite surgia.

O clima dos salões anuais da academia,
Inebriava a corte com luxo e beleza,
No Rio de Janeiro nascia,
O esplendor da arte da realeza.

Passo a passo a arte tradicional,
Regida pelo padrão do manual,
Deixa vislumbrar a luz tropical,
E se encanta com nossa natureza sem igual.

Ventos vindos de terras paulistas,
Sopram ares de modernidade na academia,
Fomentando os desejos de jovens artistas,
De registra o novo Brasil que surgia.
É hora de buscar a nossa matriz,
É a semente da transformação,
Indo de encontro a nossa raiz,
Ganhando os contornos de uma nova nação.

Mais que testemunha da história,
Registrando momentos de glória,
A escola de Belas artes sempre foi pioneira,
Agente transformadora da cultura brasileira.

Pelas mãos Pamplona,  mestre sem igual,
Surge a ponte definitiva,
Unindo o mundo do carnaval
Com a arte erudita.

Unidos por uma mesma linguagem, fundidos em uma só imagem,
A arte universal e o espetáculo do carnaval.

Segue o cortejo magistral,
Nessa noite especial,
Unindo a beleza do carnaval,
Ao panteão da arte nacional.

A arte uniu os mundos distantes,
Transformando a academia,
Em cores fascinantes,
Irradiando alegria.

O templo do samba vira tela,
Para Mocidade pintar em aquarela,
Erguendo alto seu estandarte:
 A Escola de Belas Artes”

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